blog da copa do mundo-2006

Nome:
Local: Vitória, ES, Brazil

quarta-feira, maio 31, 2006


IRÃ

País que chama mais a atenção por conta de assuntos ligados a política externa, o Irã vem para a copa do mundo apenas como mero coadjuvante.

A lista de convocados é:

Goleiros: Ebrahim Mirzapour (Foolad Khuzestan), Vahid Talebloo (Esteghlal Teheran) e Hassan Roudbarian (Pas).
Defensores: Yahya Golmohammadi (Saba Battery), Mohammad Nosrati (Pas), Rahman Rezaei (Messine), Sattar Zare (Bargh Shiraz), Hossein Kaabi (Foolad Khuzestan), Sohrab Bakhtiarizadeh (Saba Battery) e Amir Hossein Sadeqi (Esteghlal Teheran).
Meias: Javad Nekounam (Sharjah), Anderanik Teymourian (Abomoslem Khorasan), Mehdi Mahdavikia (Hamburgo), Fereydoon Zandi (Kaiserslautern), Ali Karmi (Bayern Munique), Mehrzad Madanchi (Persepolis) e Javad Kazemian (Persepolis).
Atacantes: Ali Daei (Saba Battery), Vahid Hashemian (Hannover), Reza Enayati (Esteghlal Teheran), Arash Borhani (Pas), Masoud Shojai (Saipa) e Rasoul Khatibi (Sepahan Isfahan).

O time base é composto por Mirzapour; Nosrati, Golmohammadi, Kamelli, Zare; Nekounam, Zandi, Madhavikhia e Karimi; Hashemian e Daei.

Um jogador que não pode ser chamado de destaque, mas que merece atenção durante os jogos do Irã é o meio-campista Karimi. Jogador técnico e veloz, Karimi é chamado pelos torcedores de seu país como o Maradona da Pérsia. É homem fundamental na seleção do técnico Branko Ivankovic.

Outro jogadro que merece atenção é o ofensivo ala-direito Mahdavikia, que tem como principais virtudes a velocidade e o alto aproveitamento de passes. É um especialista em cruzamentos das laterais, tendo sido o jogador com o maior número de assistências no último campeonato alemão, quando jogou pelo terceiro colocado da comeptição, o Hamburgo.

Por fim, o atacante Daei merece atenção. Isto, pois, com 109 gols, é o único jogador na história do futebol a ter ultrapassado a barreira de 100 gols por sua seleção - superando Pelé (com 95 gols) e Puskas (com 84 gols). Somente este fato já seria o suficiente para classificá-lo como o melhor jogador da história do Irã.

Como já apontado, o Irã, por ter um elenco extremamente fraco, não deve passar para a próxima fase de seu grupo, mas travará uma disputa particular pelo terceiro lugar do grupo com a Angola.


SÉRVIA E MONTENEGRO

Esta seleção é formada pelas repúblicas da Sérvia e do Montenegro, sendo esta a única participação desta equipe em mundiais, uma vez que em recente referendo a população de Montenegro votou pela independência da Sérvia. Mas na Copa, Sérvia e Montenegro ainda irão competir juntas. Apenas dois atletas da seleção, o goleiro Dragoslav Jevric e o atacante Mirko Vucinic, são montenegrinos.

A seleção da Sérvia e Montenegro ocupa, atualmente, a 44ª posição no ranking da FIFA, mas fez excelente participação nas eliminatórias para a copa do mundo, tendo se classificando em primeiro lugar no seu grupo e tomado apenas um gol durante toda a fase eliminatória.

Os convocados para a copa do mundo são:

Goleiros: Dragoslav Jevric (Ankaraspor), Oliver Kovacevic (CSKA Sofia) e Vladimir Stojkovic (Nantes).
Defensores: Mladen Krstajic (Schalke 04), Vidic (Manchester United), Gavrancic (Dínamo Kiev), Dragutinovic (Sevilla), Milan Dudic (Estrela Vermelha), Dusan Basta (Estrela Vermelha) e Nenad Djordjevic (Partizan).
Meias: Duljaj (Shakhtar, Ucrânia), Albert Nadj (Partizan), Predrag Djordjevic (Olympiacos), Dejan Stankovic (Internazionale), Kortoman (Portsmouth), Vukic (Partizan), Ivan Ergic (Basel) e Sasha Ilich (Galatasaray).
Atacantes: Savo Milosevic (Osasuna), Mateja Kezman (Atlético de Madrid), Nikola Zigic (Estrela Vermelha), Daniel Ljuboja (Stuttgart) e Mirko Vucinic (Lecce).

A equipe que deve começar jogando contra a Holanda na estréia da Sérvia e Montenegro na copa da Alemanha é: Jevric; Vidic, Krstajic, Dragutinovic e Gavrancic; Duljaj, Stankovic, Koroman, Djordjevic; Milosevic e Kezman.

O técnico Ilija Petkovic montou uma equipe sólida, com destaques para o artilheiro Mateja Kezman, do Atlético de Madrid, e o meia Dejan Stankovic, da Inter de Milão, além de uma forte defesa e disciplina.

A sérvia e Montenegro é uma equipe de forte marcação, mas, por outro lado, não conta com muitos jogadores habilidosos, ficando muito dependente de lampejos de atletas como Stan
kovic e Milosevic, além do oportunismo e Kezman. Desta forma, tendo em vista a dificuldade do grupo em que caiu, a Sérvia e Montenegro deverá mostrar melhor aproveitamento ofensivo e manter o rendimento em sua defesa para almejar uma classificação para a fase seguinte, em tempos que a vitória vale três pontos.

segunda-feira, maio 29, 2006



COSTA DO MARFIM

A Costa do Marfim disputa sua primeira Copa do Mundo, o que, por si só, já é uma vitória para este país. Isto, pois a Costa do Marfim enfrenta sangrenta guerra civil que iniciou-se em 2002. Apesar de em 2003 ter sido celebrado um acordo de paz, este nunca foi colocado em prática na totalidade. Hoje, tropas da ONU e da França atuam no país para garantirem as eleições - que ocorrerão em outubro deste ano.

E nem mesmo a alegria pela classificação minimizou a tensão entre o norte (tomado por rebeldes) e o sul (ainda controlado pelo governo e pelo exército). Tanto é que, em janeiro deste ano, a guerra civil chegou a ameaçar a presença dos "Elefantes" - como a seleção marfinense é conhecida - na Copa.

Espera-se que o esporte possa, mais uma vez, diminuir o ódio de uma guerra e possa, com isso, reaproximar o povo marfinense de uma solução pacífica para o conflito. Esta questão sócio-política, aliada à esperança mundial de solução pacífica, fomentada pela copa do mundo, é bem expressada numa das propagadas do canal ESPN para a copa do mundo, podendo ser vista no seguinte endereço: http://soccernet.com/onegame/main.html?cIndex=1 (clique, na parte de baixo da tela, em "Ivory Coast" e, em seguida, "view spot". Aconselha-se deixar o vídeo passar uma vez e depois tetar vê-lo, efetivamente).

Passando à questão "futebolística", a Costa do Marfim, para esta copa do mundo, conta com:

Goleiros: Jean-Jacques Tizié (Espérance Túnez/TUN), Boubacar Barry Copa (KSK Beveren/BEL) e Gérard Gnanhouan (Montpellier/FRA/D2).
Defensores: Cyril Domoraud (Créteil/FRA/D2), Blaise Kouassi (Troyes/FRA), Abdoulaye Méité (Olympique de Marselha/FRA), Etienne Arthur Boka (Strasbourg/FRA), Abib Kolo Touré (Arsenal/ING), Emmanuel Eboué (Arsenal/ING) e Marc Zoro (Messina/ITA).
Meias: Didier Zokora (Saint-Etienne/FRA), Emerse Faé (Nantes/FRA), Kanga Gauthier Akalé (Auxerre/FRA), Romaric Ndri Koffi (Le Mans/FRA), Gnégnéri Yaya Touré (Olympiacos/GRE), Gilles Yapi Yapo (Young Boys/SUI) e Guy Roland Demel (Hamburgo/ALE).
Atacantes: Bakari Koné (Nice/FRA), Didier Drogba (Chelsea/ING), Arouna Koné (PSV Eindhoven/HOL), Bonaventure Kalou (Paris Saint-Germain/FRA), Abdoul Kader Keita (Lille/FRA) e Aruna Dindane (Lens/FRA).

Os "elefantes" devem iniciar a copa com uma formção 4-4-2 composta por Tizié, Boka, Kouassi, Touré e Eboué; Zokora, Faé, Akalé e Yaya Touré; Drogba e Koné.

O destaque da equipe é o atacante do Chelsea Drogba, que apesar de ter deixado a Costa do Marfim aos 5 anos de idade, participa de campanhas pela paz em seu país. Drogba é conhecido por sua força e facilidade com as bolas aéreas na pequena área. Ele foi peça-chave na inédita classificação da Costa do Marfim para a Copa do Mundo. Capitão dos "Elefantes", foi artilheiro da equipe nas eliminatórias, com nove gols. Em toda a zona africana, ficou atrás apenas de Emmanuel Adebayor, de Togo, que marcou 11 vezes.

A Costa do Marfim é a seleção africana mais temida e a esperança do continente em repetir participações como a de Camarões em 1990 e Senegal em 2002. Prova disto é uma recente declaração de Crespo, atacante argentino, a uma rede de notícias internacional: "É uma seleção muito complicada de enfrentar. Na Argentina não sabem disso, mas eles têm jogadores que estão muito bem no futebol inglês".

Contudo, apesar de toda esperança, a Costa do Marfim caiu no grupo considerado o mais complicado do mundial, chamado, inclusive, de "grupo da morte", o qual conta com Argentina, Holanda e Sérvia e Montenegro, além, por óbvio, dos marfineneses. Será uma primeira fase difícil, onde a tradição de Holanda e Argentina devem prevalecer, mas uma classificação deste bom time africano não é nada absurda. Para isso será necessário que a defesa seja mais consistente e o ataque mostre o mesmo aproveitamento que vem tendo, em especial com as boas jogadas pelas laterias de Eboué e com as finalizções de Drogba.

PARAGUAI

O Paraguai nunca foi uma seleção que chamasse muita atenção em copas do mundo. Esta apenas a sétima copa do mundo deste país sul-americano. Contudo, trata-se do terceiro mundial consecutivo, já chamando a atenção da comunidade internacinal por conta de sua defesa sólida, porém leal.

Esta copa, o técnico Anibal Ruiz convou:

Goleiros: Justo Villar (Newell's Old Boys, ARG), Aldo Bobadilla (Libertad) e Derlis Gómez (Sportivo Luqueño).
Defensores: Jorge Núñez (Estudiantes), Delio Toledo (Zaragoza), Carlos Gamarra (Palmeiras), Julio Cáceres (River Plate), Paulo da Silva (Toluca), Julio Manzur (Santos) e Denis Caniza (Cruz Azul).
Meias: Carlos Bonet (Libertad), Edgar Barreto (NEC Nimega), Roberto Acuña (La Coruña), Diego Gavilán (Newell's Old Boys), Carlos Humberto Paredes (Reggina), Cristian Riveros (Libertad), José Montiel (Olimpia), e Julio Dos Santos (Bayern de Múnich).
Atacantes: Salvador Cabañas (Jaguares de Chiapas), Roque Santa Cruz (Bayern de Múnich), Nelson Haedo Valdez (Werder Bremen), José Cardozo (San Lorenzo) e Nelson Cuevas (Pachuca).

E o time que deve estreiar contra a Inglaterra no dia 10/06 é Villar no gol; uma linha de quatro defensores com Nuñez, Cáceres, Gamarra e Caniza; o meiode campo com dois jogadores voltados para a marcação (Dos Santos e Paredes) e outros dois voltados para a criação de jogadas ofensivas (Acuña e Gavilán); e no ataque Cardozo e Santa Cruz.

Os destaques desta equipe ficam por conta do zagueiro Gamarra e dos atacantes Cardozo e Santa Cruz.

Gamarra é o atual capitão da equipe e participou da ascenção do futebol paraguaio a partir da copa do mundo de 1998. Sem cometer uma falta sequer durante todo o mundial de 98, Gamarra foi eleito para a seleção daquela copa. Hoje, bem mais velho, Gamarra não vem agradando os torcedores de seu time, o palmeiras, que pensam que o jogador não tem mais a mesma qualidade do passado. De fato, com 35 anos, Gamarra não transmite a mesma segurança dos mundiais anteriores e terá que se superar em 2006, mas, independentemente disto, é peça importante nesta seleção, haja vista sua experiência.

Com o envelhecimento de zagueiros como Gamarra e Ayala e da aposentadoria de Chilavert, o Paraguai perdeu muito no aspecto mais eminente de seu time, o defensivo. Por outro lado, ganhou força no ataque. Isto, pois dois atacantes deste país, Cardozo e Santa Cruz, vêm atuando bem por suas equipes. O experiente Cardozo - que vem para sua terceira copa do mundo, assim como Gamarra - é o maior goleador da história da seleção do Paraguai, com 24 gols e o artilheiro de seu país nas eliminatórias, com 7 gols. Poderá contribuir muito para sua equipe com sua experiência e boa finalização de curta distância.

Já Santa Cruz é uma jovem esperança paraguaia. O jogador participou da última copa do mundo, mas não alcançou o destaque esperado - a não ser por ter sido considerado um dos "galãs" da copa. Hoje, é visto pelo técnico Aníbal Ruiz como "o jogador chave do Paraguai". Um pouco mais experinente e atuanto no país sede da copa, a Alemanha, Santa Cruz espera aproveitar de sua força física, bons chutes com as duas pernas e excelente aproveitamento nas jogadas aéreas para fazer a diferença neste time que já foi muito carente de jogadores ofensivos. No entanto, o jogador acaba de recuperar-se de uma lesão de ruptura dos ligamentos do joelho direito e, com isso, há que se ter cautela quanto ao seu rendimento durante o mundial. Apesar disto, o técnico paraguaio, em entrevista recente, afirma que o jogador estará em campo para pegar a Inglaterra na estréia paraguaia pelo Grupo B da Copa, no dia 10.

Acrescente-se, aqui, que a seleção paraguaia ainda conta com jogadores que não tão expressivos como os três anteriormente analisados, mas terão papel importante, como o zagueiro Cáceres e os meio-campistas Paredes e Acuña.

Observando o Paraguai quanto suas chances dentro do mundial, verifica-se que esta seleção caiu num grupo no qual, provavelmente, disputará a vaga para a segunda fase da competição com a seleção da Suécia. Ao meu enteder será um duelo direto entre estas duas seleções pelo segundo lugar do grupo. Contudo, não acredito que o Paraguai vá além das oitavas de final, uma vez que, acaso se classifique como segundo do seu grupo, enfrentaria nas oitavas a anfitriã, Alemanha - que julgo melhor seleção e mais tradicional que a paraguaia, além de estar jogando em casa.

sexta-feira, maio 26, 2006

INGLATERRA

Após discutir todos os times do Grupo A, passamos, agora, ao grupo B. E começamos logo pelo cabeça-de-chave: Inglaterra. Apesar de ser o país onde foi “inventado” o futebol, a Inglaterra só veio a conquistar um mundial em 1966, competição disputada em sua própria casa.

Durante a década de 90, a Inglaterra passou por uma reformulação em seu futebol. Com o fracasso de 90 e com a sequer classificação para a copa do mundo de 94, uma nova geração, liderada por David Beckham, passou a valorizar mais o domínio e o passe de bola. E foi com esta postura que a seleção inglesa conseguiu bela campanha no mundial de 2002 – perdendo em jogo muito difícil, quase uma final antecipada, para os campeões, o Brasil – e ocupa hoje a 10ª colocação do ranking da FIFA.

E a Inglaterra vem para a copa com o seguinte plantel:

Goleiros: David James (Manchester City), Robert Green (Norwich City) e Paul Robinson (Tottenham Hotspur)

Defensores: John Terry, Wayne Bridge (ambos do Chelsea), Jamie Carragher (Liverpool), Rio Ferdinand, Gary Neville (ambos do Manchester United), Ashley Cole e Sol Campbell (ambos do Arsenal)

Meias: Joe Cole, Frank Lampard (ambos do Chelsea), Steven Gerrard (Liverpool), David Beckham (Real Madrid), Michael Carrick, Jermaine Jenas, Aaron Lennon (todos do Tottenham Hotspur), Owen Hargreaves (Bayern de Munique) e Stewart Downing (Middlesbrough)

Atacantes: Peter Crouch (Liverpool), Wayne Rooney (Manchester United), Michael Owen (Newcastle United) e Theo Walcott (Arsenal).

O esquema tático, assim como as seleções anteriormente analisadas, é o 4-4-2. No gol deve jogar o goleiro do Tottenham, Robinson, sendo o miolo de zaga formado por Ferdinand e Terry. As laterias ficam com Ashley Cole e Gary Neville. O meio de campo contará com Gerrard, Lampard, Joe Cole e Beckham. Por fim, o ataque será ocupado por Owen e Rooney.

Um dos destaques da equipe inglesa fica por conta da defesa muito consistente com Ferdinand e Terry. Excelentes marcadores, ótimo senso de posicionamento, bom condicionamento físico e precisos nos desarmes. Se estes dois jogadores estiverem bem entrosados e contarem com um mínimo de auxílio dos jogadores de meio campo, será muito difícil passar por esta defesa.

Outro ponto a destacar na equipe inglesa é o meio de campo. Formado por Gerrard. Lampard, Beckham e Joe Cole, tem-se um dos trunfos da Inglaterra, uma vez que são jogadores com uma certa capacidade de marcação, mas com muita habilidade para armar jogadas, seja através de lançamentos e cruzamentos, seja em velocidade com a bola dominada. Vale apontar, ainda, a qualidade destes meias em cobrar faltas e finalizar, em especial de fora da área.

Um último destaque da Inglaterra é o atacante Rooney. Artilheiro da Inglaterra na EURO-2004 com quatro gols, sendo, também, o jogador mais jovem a vestir a camisa inglesa, destacou-se desde cedo pela versatilidade, habilidade, força e indisciplina. Ao mesmo tempo em que encanta a torcida com seus gols e dribles, tem um histórico repleto de cartões e discussões em campo. Contudo, Rooney deve chegar à copa fora de seu peso ideal e sem o treinamento adequado, em virtude de contusão que o ameaça, inclusive, de ser cortado do elenco inglês. Segundo notícias recentes, Rooney não poderá atuar durante a primeira fase do mundial e o seu corte fica, agora, a cargo do técnico Sven-Goran Eriksson.

E a ausência de Rooney pode ser um dos principais pontos que ameaçam o favoritismo da seleção inglesa. Isto, pois a Inglaterra sempre foi – e com razão – apontada como uma das favoritas ao título. No entanto, com a ausência do jovem atacante, o elenco fica sem uma referência de qualidade no ataque. Além disso, o outro atacante, Owen, também se recupera de contusão. Em resumo, não adiantará nada à seleção inglesa contar com uma defesa firme e um meio de campo criativo, se o ataque não conta com um exímio finalizador, ou um finalizador em ótima forma. É claro que os reservas podem surpreender na copa, mas, por certo, é algo pouco provável, haja vista o futebol que apresentaram neste ano.

quinta-feira, maio 25, 2006

EQUADOR

O Equador, diferentemente de Alemanha e Polônia, é um time com pouca experiência em mundiais. Sua primeira participação foi na copa do mundo de 2002, oportunidade que perdeu dois jogos (Itália e México) e venceu um (Croácia), tendo, com isso, sendo eliminada na primeira fase da competição. Uma das provas desta falta de maturidade internacional é a humilde 39ª posição ocupada por esta seleção no ranking da FIFA.

A lista de convocados é:

Goleiros: Edwin Villafuerte (Deportivo Quito), Cristian Mora (Liga de Quito) e Damian Lanza (Aucas).
Defensores: Iván Hurtado (Al-Arabi/CAT), Ulises de la Cruz (Aston Villa/ING), José Luis Perlaza (Olmedo), Jorge Guagua (El Nacional), Paul Ambrossi, Néicer Reasco e Giovanny Espinoza (LDUQ).
Meias: Antonio Valência (Recreativo de Huelva/ESP), Edwin Tenorio (Barcelona), Edison Méndez e Patricio Urrutia (LDUQ), Marlon Ayoví e Luis Saritama (Deportivo Quito), Segundo Castillo e Cristian Lara (El Nacional).
Atacantes: Iván Kaviedes (Argentinos Juniors/ARG), Agustín Delgado (LDUQ), Félix Borja e Cristian Benítez (El Nacional) e Carlos Tenorio (Al Saad/CAT).

O Equador deve iniciar a copa, contra a Polônia, com uma formação 4-4-2, composta por: Villafuerte no gol; o lateral direito do Aston Vila, De La Cruz, Hurtado e Tenório no miolo de zaga e o lateral esquerdo Ambrossi; o meio de campo conta com dois jogadores voltados para a marcação (Ayoví e Méndez) e outros dois com o papel de municiar o ataque (Lara e Valencia); que será formado por Kaviedes e o destaque da equipe, Delgado.

No entanto, em empate num amistoso contra a Colômbia, realizado no dia 24/05/2006, o técnico Luis Fernando Suárez, seja por motivo de contusões, seja por motivo de opção tática, utilizou a seguinte equipe: Cristian Mora, Jorge Guagua, Ivan Hurtado, Neicer Reasco e Paul Ambrossi; Edison Mendez (Christian Lara), Segundo Castillo, Antonio Valencia ((Fernando Saritama) e Edwin Tenorio (Patricio Urrutia); Ivan Kaviedes (Christian Benitez) e Felix Borja.

O destaque do Equador, como já foi dito, fica por conta do atacante Delgado que, com seus 1,87 m e 83 kg, tem grande aproveitamento no jogo aéreo, através de cruzamentos pelas laterais e boa pontaria em chutes de média e longa distância, além de seu oportunismo já observado por diversos torcedores brasileiros que viram a dureza que é enfrentar seu time na libertadores, a LDU.

O Equador é uma equipe ainda fraca para ter grandes pretensões neste mundial. Passar para a segunda fase num grupo que conta com a anfitriã Alemanha e a Polônia já seria, ao meu entender, um sucesso. Para tanto, a equipe equatoriana deverá superar seu instável setor defensivo e variar as jogadas de ataque, fugindo do seu já manjado ataque aéreo e de esporádicos bons chutes de média e longa distância de alguns jogadores como Delgado e Méndez.

Um dos pontos que podem ajudar é o fato da seleção equatoriana ser formada, predominantemente, por duas equipes daquele país, quais sejam: LDU (com 6 jogadores) e El Nacional (com 5 jogadores). Isto facilitará no entrosamento da equipe, mas, no entanto, não resolverá a falta de qualidade do elenco - mesmo com o sucesso da LDU em torneios continentais.

quarta-feira, maio 24, 2006

ALEMANHA

A primeira seleção a ser analisada é a anfitriã Alemanha. País de muita tradição em copas do mundo, a Alemanha já chegou à final por sete vezes (1954, 1966, 1974, 1982, 1986, 1990 e 2002), tendo conquistado o título em três destas ocasiões (1954, 1974 e 1990). Destaca-se, ainda, que a seleção em análise não participou de duas copas do mundo (1930 e 1950) em virtude dos conflitos armados em que esteve envolvida.


A Alemanha vem para a copa com o seguinte plantel:

Goleiros: Jens Lehmann (Arsenal), Oliver Kahn (Bayern de Munique) e Timo Hildebrand (Stuttgart).

Defensores: Arne Friedrich (Hertha Berlin), Per Mertesacker (Hannover 96), Robert Huth (Chelsea), Christoph Metzelder (Borussia Dortmund), Jens Nowotny (Bayer Leverkusen), Philip Lahm (Bayern de Munique) e Marcell Jansen (Borussia Moenchengladbach).

Meias: Michael Ballack (Chelsea), Bastian Schweinsteiger (Bayern de Munique), Tim Borowski e Torsten Frings (Werder Bremen), Sebastian Kehl (Borussia Dortmund), Thomas Hitzlsperger (Stuttgart) e Bernd Schneider (Bayer Leverkusen).

Atacantes: Miroslav Klose (Werder Bremen), Gerald Asamoah e Lukas Podolski (Köln), David Odonkor (Borussia Dortmund), Mike Hanke (Wolfsburg), e Oliver Neuville (Borussia Moenchengladbach).


O time que deve começar a copa do mundo deve ser formado por Lehmann no gol; uma linha de quatro homens na defesa composta por Friedrich, Mertesacker, Huth, Hitzlsperger; dois meio-campistas marcadores (Schweinsteiger e Schneider) e dois meio-campistas mais voltados para a criação (Frings e Ballack); por fim, na frente, Podolsky e Klose.



Os destaques da equipe ficam por conta do ainda jovem Podolsky e dos já experientes Lehmann e Ballack. Podolsky e´um atacante de qualidade a ser comprovada numa copa do mundo, mas que tem um futebol veloz e de muita força. Uma das apostas como revelação da copa que vem fechando sua tranferência para uma equipe de ponta no futebol alemão, o Bayern de Muniche.

Por sua vez, Lehmann é o goleiro que mais tem chamado a atenção na Europa. Após
ajudar a levar seu time, o Arsenal, à final da UEFA Champions League, garantiu sua escalação na seleção alemã, colocando no banco o eleito melhor jogador da última copa, Oliver Kanh. Promete ser a garantia na retaguarda do já defensivo time alemão.

Por fim, Ballack de há muito é reconhecido como o cerébro do time alemão, com sua participação bastante criativa, num meio de campo carente de jogadores com esta característica, Ballack dá passes e lançamentos com qualidade, bem como participa do ataque e finaliza muito bem. Estas qualidades levaram o rico e todo poderoso Chelsea a contratá-lo recentemente.

As principais características do time alemão, talvez devido à sua escola, são a marcação implacável, a força física e a garra. Apesar de ser pouco cotado para vencer a copa do mundo, tem que se ter em vista que a Alemanha é o país sede desta copa e contará com o apoio incondicional de sua torcida apaixonada por futebol e, sobretudo, com sua auto-superação - que já foi vista em outras copas do mundo, como as de 1954 e 1974.