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quinta-feira, junho 01, 2006


MÉXICO

O México vem para sua 13ª copa do mundo com a esperança de fazer sua melhor campanha em mundiais - até então a melhor colocação que o México atingiu foi o sexto lugar nas copas de 70 e 86, oportunidades que foi a sede da copa. Um incentivo para isto foi a escolha, pela FIFA, do México como cabeça de chave, que acabou dando sorte no sorteio dos grupos por ficar num grupo com Angola, Irã e Portugal. E tal escolha se deve ao 4ª lugar ocupado no ranking da FIFA (mesmo sendo mais um dos exageros deste ranking), além, e principalmente, pelo desenvolvimento, ao longo dos anos, do futebol no México - prova disto são recentes e reiteradas vitórias sobre o Brasil, como na Copa das Confederações de 2005.

Os convocados do México para esta copa são:

Goleiros: Oswaldo Sanchez (Guadalajara), Jesús Corona (Tecos) e Guillermo Ochoa (América).
Defensores: Rafael Márquez (Barcelona/ESP), José Antonio Castro (América), Andrés Guardado (Atlas), Ricardo Osorio (Cruz Azul), Claudio Suárez (Chivas USA/EUA), Carlos Salcido, Francisco Rodríguez, Gonzalo Pineda (Guadalajara), Mario Méndez (Monterrey).
Meias: Pavel Pardo (América), Rafael García (Atlas), Gerardo Torrado (Cruz Azul), Ramón Morales (Guadalajara), Luis Pérez (Monterrey) e Antonio Naelson (Toluca).
Atacantes: Jared Borgetti (Bolton/ING), Omar Bravo (Guadalajara), Jesús Arellano (Monterrey), Guillermo Franco (Villarreal/ESP) e Francisco Fonseca (Cruz Azul).

O time base mexicano é composto por Sanchéz; Rafa Márquez, Salcido, Méndez e Rodríguez; Morales, Torrado, Pardo e Pineda; Fonseca e Borghetti.

Os destaques da equipe são Rafa Márquez e Borghetti. Márquez é um defensor elegante, leal e preciso, e, atualmente, o jogador de maior notoriedade do México. Já Borghetti, com 37 gols em 72 jogos pela seleção, não é só titular absoluto no ataque mexicano, mas o goleador máximo da história da seleção. Apesar de não contar com grandes recursos técnicos, Borgetti se impõe como artilheiro da equipe por suas qualidades como cabeceador nato, com 1,85 m e por seu oportunismo. Nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2006, Borgetti fez 14 gols nas em dez jogos. Em que pese a fragilidade da maioria dos adversários, foi o maior goleador das eliminatórias no mundo. O atacante também foi o artilheiro da seleção na Copa de 2002, com dois gols, e na Copa das Confederações de 2005, deixando sua marca em três oportunidades.

Merece destaque, ainda a novela mexicana que se tornou a não convocação do jogador Blanco pelo técnico La Volpe. Sob protestos da população dignos do Brasil em tempos em que Romário jogava futebol, o técnico da seleção mexicana deixou de convocar seu desafeto - que é tido por muitos como maior idólo mexicano após a aposentadoria de Sanchez, além de melhor jogador do México nas duas copas passadas. A novela iniciou-se quando Blanco abandonou a seleção mexicana antes da Copa das Confederações do ano passado, dizendo que precisava descansar, ele foi chamado apenas uma vez por La Volpe. Mas, mesmo antes de o argentino assumir a seleção do México, em 2002, já havia especulação sobre o relacionamento de La Volpe com Blanco. Os dois tiveram vários conflitos quando se enfrentaram em clubes adversários. Blanco estava em excelente forma na segunda metade do ano passado, mas envolveu-se em tumulto público com La Volpe, dizendo que o técnico não tinha coragem para convocá-lo. No entanto, o jogador perdeu a forma e sofreu uma série de contusões neste ano, o que enfraqueceu sua posição.

Analisando as chances do México na copa do mundo, temos que a pretensão dos mexicanos em chegar às semi-finais não é nada absurda, haja vista o progresso do futebol mexicano, já destacado. Contudo, fico com opinião do ator, escritor e produtor Roberto Gómez Bolaños (sim!!! o chaves!) de que o México deve ser eliminado nas oitavas de final por um time do chamado grupo da morte (Argentina, Costa do Marfim, Holanda e Sèrvia e Montenegro). Segundo Bolaños, o México deve se classificar em segundo de seu grupo, o que, segundo seus cálculos, enfrentaria a Holanda - favorita ao título para o ator. Endosso as palavras de Bolaños, com exceção da colocação da Holanda no grupo e o excesso de favoritismo depositado nesta seleção, mas, em suma, o México, segundo meu entendimento, deve ficar, mais uma vez, pelas oitavas de final da competição.