Nome:
Local: Vitória, ES, Brazil

quarta-feira, junho 07, 2006


ESPANHA

A história da Espanha nas Copas é marcada por decepções, polêmicas, azar e episódios de falta de habilidade que levaram a maior parte dos torcedores ao desespero. Os fãs, a imprensa, os técnicos e até mesmo os jogadores falam sobre a maldição das quartas-de-final, fase em que o time foi eliminado em três das últimas cinco Copas. "Parece que sempre acontece alguma coisa conosco", disse recentemente o goleiro da seleção, Iker Casillas. "Ou o time não joga bem, ou as decisões dos árbitros são contra nós."

A fim de reverter esta "urucubaca", a Espanha tem o seguinte plantel em 2006:

Goleiros: Iker Casillas (Real Madrid), Pepe Reina (Liverpool) e Santiago Cañizares (Valencia).

Defensores: Antonio López (Atlético de Madrid), Pablo Ibáñez (Atlético de Madrid), Puyol (Barcelona), Juanito (Betis), Mariano Pernía (Getafe), Michel Salgado (Real Madrid), Sergio Ramos (Real Madrid) e Carlos Marchena (Valencia).

Meias: Cesc Fabregas (Arsenal), Reyes (Arsenal), Iniesta (Barcelona), Xavi (Barcelona), Joaquin (Betis), Luis Garcia (Liverpool), Xabi Alonso (Liverpool), Albelda (Valencia) e Marcos Senna (Villarreal).

Atacantes: Fernando Torres (Atlético de Madrid), Raúl (Real Madrid) e David Villa (Valencia).

A equipe base é: Casillas; Salgado, Marchena, Puyol e Antonio López; Abelda, Xabi Alonso, Xavi e Luis García; Raúl e Fernando Torres.

Os destaques são Raúl, Casillas, Luís García e Fernando Torres.

Raúl é o maior artilheiro da história da seleção da Espanha - 42 gols marcados em 92 jogos -, sendo uma lenda viva do futebol de seu país. Pelo Real Madrid, único clube que defendeu durante toda a carreira profissional, conquistou todos os títulos possíveis e imortalizou a camisa 7. No entanto, o atacante espanhol recupera-se de contusão e não deve apresentar seu melhor futebol na Alemanha.

Casillas é apontado como um dos melhores goleiros da atualidade. Sai bem do gol, perfeito embaixo do gol, além de transmitir muita segurança ao seu time e demonstrar liderança. Enfim, com relação a goleiro, a Espanha não tem com o que se preocupar.


Já Luís García é tido como o herói da classificação espanhola para a Copa do Mundo de 2006 - marcou três gols na vitória por 5 a 1 sobre a Eslováquia na primeira partida da repescagem das eliminatórias européias -, sendo um dos meias ofensivos preferidos do técnico Luis Aragonés. Habilidoso com a bola nos pés, ele chuta bem com as duas pernas, o que o torna um jogador perigoso atuando tanto pelas pontas do campo como no serviço aos atacantes. Apesar da baixa estatura, tem boa impulsão e sabe fazer gols de cabeça. Na seleção espanhola, Luis García é escalado mais recuado, jogando ao lado do companheiro de clube Xabi Alonso, tendo como função primordial armar as jogadas para as conclusões de Fernando Torres e Raúl.

Por fim, Fernando Torres foi o principal artilheiro da Espanha nas eliminatórias para o Mundial da Alemanha, anotando sete gols, entre eles os dois da vitória sobre a Bélgica em Bruxelas. Aos 22 anos de idade, ele já soma 27 partidas e 10 gols pela seleção. Por essas e outras, é a maior esperança do país de gols e vitórias na Copa do Mundo. Bom nas jogadas aéreas, capaz de chutar bem com ambas as pernas e forte fisicamente, Torres rapidamente se tornou um dos jovens mais cobiçados da Europa.

Analisando a equipe espanhola, vê-se que o elenco é bom, mas nada excepcional. Ademais, pesa em desfavor da Espanha o fato de que Luis García não mostra na seleção o futebol do Liverpool e Raúl não vive boa fase, recuperando-se, inclusive, de contusão. No entanto, se eles jogarem bem na Copa, a Espanha vai bem na copa.

A Fúria, como é chamada a seleção espanhola, segundo meu entendimento, deve ficar, mais uma vez, nas quartas de final. Isto, pois deve passar em primeiro de seu grupo, enfrentando o segundo lugar do grupo "g". Em seguida deve enfrentar Itália, República Tcheca ou Brasil, quando deve ser eliminada. Se passar em segundo de seu grupo, de imediato, enfrenta a França nas oitavas de final, não devendo ter mais sorte.